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HOME OFFICE PERMANENTE E ESCRITORIO DO FUTURO: A CARA DA VOLTA AO TRABALHO PÓS-QUARENTENA

Atualizado: 11 de jan. de 2021



Não é novidade que a volta à rotina de trabalho pós-quarentena será muito diferente do

que se tinha antes da chegada da pandemia. O home office está sendo aplicado em boa

parte das empresas e, em muitos casos, tem funcionado bem.

Prova disso é que 40,2% das empresas não trabalhavam com a modalidade antes

da crise e vão adotá-la de forma definitiva quando esse período passar.


O estudo contou com a participação de 122 empresas de vários setores,

localizadas em São Paulo e Rio de Janeiro, e entrevistou em sua maioria,

presidentes, vice-presidentes e diretores que tomam a decisão sobre a

implementação do home office.

45% dos entrevistados vão reduzir o espaço físico pós-crise, sendo que 30% fará

isso devido á experiência de sucesso com o home office implementado

temporariamente durante a crise e outros 15% farão isso por causa dos efeitos

econômicos gerados pela pandemia.

Entre as empresas que reduzirão seu espaço, 23,5% afirmam que o corte será de

10% a 30% do espaço e outras 16,2% dizem que podem cortar até 50%.


O processo que vai acontecer pós-pandemia é o oposto do que o que vinha

acontecendo até então.

“ Nos últimos anos, um outro processo, de maior adensamento do espaço de

escritório estava se desenvolvendo. O que chamamos de ‘open space’, quando

acabaram as salas dos chefes, e mais pessoas ocupam o mesmo ambiente. Agora o

mundo parou e todos estão perguntando como será o escritório do futuro, já que é

certo que mudará”, afirma.


Como resultado desse processo de mudança surge o “Six Feet”, um modelo do que seria

esse novo ambiente de trabalho. Cerca de 10 mil empresas na China em processo de

reabertura dos negócios depois do pico da pandemia. “Estão analisando vários modelos

de retomada dos negócios e isso gerou um manual de boas práticas que vai ajudar as

empresas do Brasil também. Foi nesse contexto, que o modelo de ‘Six Feet’ , que na

verdade é uma medida [equivalente a 1,8 metro], se destacou”,.


Na prática, o nome remete à distância entre as mesas dos funcionários que respeitando

as recomendações das autoridades de saúde. “Esse modelo exige mais espaço físico. Isso

significa que no caso de empresas que não vão aderir ao home office seria necessário um

aumento do escritório para acomodar a mesma quantidade de pessoas sob uma nova

divisão de espaço”.



No ambiente de trabalho hoje, o recomendado é que cada profissional tenha para si

entre sete e oito metros quadrados de espaço. “Em coworkings essa medida cai para

cerca de cinco metros quadrados, e em call centers, por exemplo, pode chegar a três

metros quadrados e meio. O que comprova que muitas empresas terão que se adaptar

com esse novo modelo que exige cerca de 11 metros quadrados por pessoa”. Esse

modelo deve ser implementado por meio de um processo de seis etapas: “Adaptar o

edifício, instruir os colaboradores, controlar o acesso de maneira diferente

(reconhecimento facial ou até liberar entrada), criar plano de distanciamento social

dentro da empresa, reduzir os pontos de toque e intensificar a limpeza da empresa e

comunicar-se com confiança”.


Essa é uma alternativa em estudo, e não a única solução possível. O ideal, seria a mescla

de escritórios, ou seja, as empresas adotam dois a três dias por semana o home office e

implementam o six feet no restante. “Assim, as pessoas podem utilizar um mesmo

espaço que foi reduzido e há uma otimização”,.

Ainda, as empresas podem adotar home office permanente para parte dos times e

manter outros times presencialmente, o que também poderia balancear a equação.

“Mas há o risco de empresas aderirem ao home office e liberar espaço, mas outras

empresas preferirem adotar modelos presenciais e precisarem de mais espaço e

ocuparem esses escritórios vazios. E aí um modelo anula o outro em termos

imobiliários”,.


No entanto, se essa equação acima não funcionar de maneira equilibrada, as empresas

que não implementarem o home office devem aumentar seus espaços físicos seguindo as

recomendações de saúde. E é aí que uma série de dificuldades entram em jogo.


Essa mudança no perfil dos escritórios inclui mais fatores na conta que as empresas

devem fazer durante a crise: além das questões trabalhistas, precisarão rever a parte

financeira e desenvolver estratégias sobre como se adaptar aos novos espaços. “Se a

empresa aderir ao home office de forma permanente, a redução de custos com aluguel do

espaço pode ser uma vantagem. Mas, geralmente, esses contratos imobiliários

corporativos são de longo prazo e, se a empresa quebrá-lo, paga multa. Então, a empresa

não pode fazer essa mudança de uma hora para outra sem custo algum”.

Além disso, esse modelo de escritório do futuro pode sair caro. “As adaptações podem

custar. Os prédios novos podem contar com tecnologia, mas muitos terão que

implementá-las. Principalmente, nesse começo de reabertura os custos serão altos: tem a

limpeza, talvez novos espaços… tudo vai investimento”.


Apesar das dificuldades, as mudanças que estão acontecendo são positivas. “Não temos

como frear e todo mundo vai ter que se adaptar. Com certeza será desafiador, algumas

empresas têm negócios que precisam da presença física, cada companhia vai lidar com

os próprios fatores e cenários internos – para além da pandemia”.


Cordialmente


Litoral Contabilidade

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