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Foto do escritorLitoral Contabilidade

A Bolsa sobe quando a Selic desce? Entenda a alta das ações diante do corte nos juros


O corte de 0,50% na taxa básica de juros pode puxar os ativos de risco para cima e esta lista de ações pode entregar até 400% de lucro


Imagem: Bora Investir B3


Se você acompanhou os noticiários econômicos deve ter percebido que os mercados não falavam de outro assunto a não ser a possibilidade de corte na Selic, na reunião do Copom.

A expectativa de analistas e investidores de que o Comitê de Política Monetária desse início ao ciclo de afrouxamento da economia, foi atendida com um corte de 0,50 pontos percentuais.


A ansiedade dos mercados por uma redução no patamar da Selic tinha um motivo: este pode ser o componente que estava faltando para a bolsa brasileira “decolar”.


Muitos especialistas estimam que o Ibovespa pode chegar a 135 mil pontos e outros a 150 mil e há uma simulação em que o índice pode alcançar os 198 mil pontos no final de 2024.

Uma notícia certamente animadora para os investidores. Mas, o que talvez ainda não esteja claro para você é:


O que a Selic tem a ver com a Bolsa?


As ações, de certa forma, refletem o desempenho de uma empresa. Ou seja, se a companhia está crescendo, entregando bons resultados, é provável que suas ações se valorizem e o contrário também é verdadeiro.


Acontece que, essas empresas fazem parte de um ambiente econômico e o que ocorre dentro dele tem impacto no seu desenvolvimento.


Assim, nos últimos anos, em que o Banco Central decidiu aumentar os juros para tentar controlar a inflação, essas empresas foram afetadas. Primeiramente porque muitas tomam empréstimos e financiamentos para manter suas operações.


Dessa forma, se os juros sobem, a dívida dessas empresas acaba aumentando. Como consequência, os lucros diminuem.


Outro impacto causado pelos juros é a redução do consumo. Em um cenário em que a Selic está muito alta, a população tende a gastar menos e isso também reduz o lucro das empresas.


Ou seja, com a Selic alta o lucro das empresas caem, e como o resultado das companhias têm reflexo nas ações, estas tendem a se desvalorizar.


Por fim, do ponto de vista do investidor, pesa a combinação risco-retorno. Se é possível buscar rendimentos de 1% ao mês com baixo risco, investindo na renda fixa, não faz tanto sentido apostar na renda variável em que a probabilidade de perdas é maior.


Mas agora com a queda da Selic, o jogo pode mudar


A economia é feita de ciclos e aumentar os juros foi importante para conter a inflação. Contudo, nos últimos meses o que tem se observado é uma desaceleração dos preços.

Em junho, o IPCA (inflação), registrou deflação de -0,08% e a prévia para inflação de julho também aponta para uma queda de 0,07% no mês.


Os analistas, já entendiam esses números como um indício de que a inflação do país está mais controlada e que não havia mais a necessidade de juros tão altos.


Assim, com a decisão do Banco Central de reduzir os juros pode resultar em uma mudança de cenário.


Agora a expectativa é de que a economia volte a aquecer, isto é, as pessoas começam a consumir mais, elevando o lucro das empresas. Da mesma forma, as companhias conseguem se financiar a custos mais baixos e reduzir a alavancagem (endividamento).


E se o lucro das empresas voltar a crescer, as ações também tendem a se valorizar. É apontado que, atualmente o índice negocia a 8x preço sobre lucro (P/L), contudo, a média histórica do Ibovespa é de 10,8x P/L.


Assim, apenas a volta do índice a sua média histórica de preço sobre lucro representaria uma valorização de 36% no Ibovespa.


Entretanto, o analista acredita que o índice pode ir mais longe e para expressar esse potencial ele fez uma simulação, supondo que o consenso de mercado para o crescimento das companhias brasileiras fique em torno de 15% a 20% em 2024.


Se as companhias entregarem esse crescimento em seus lucros, o analista estima que o Ibovespa poderia chegar aos 198 mil pontos, apenas para voltar a negociar em sua média histórica.


A valorização do Ibovespa pode ser ‘café pequeno’ perto desse grupo de ações


O Ibovespa é o índice que reúne as maiores ações da Bolsa brasileira e durante esse período de alta da Selic estes ativos sofreram bastante, mas não mais que as small caps.


As small caps são ações de baixa capitalização, isto é, empresas de até R$ 5 bilhões de valor de mercado, mas com alto potencial de crescimento.


Por serem menores, essas empresas dependem ainda mais de empréstimos para financiar as suas operações e a Selic a 13,75% ao ano comprometeu bastante essas companhias e o desempenho de suas ações.


O índice de small caps (SMLL), por exemplo, apresentou uma retração de 23% entre janeiro de 2022 e abril de 2023.


Nesse cenário, o índice passou a negociar a valores bem abaixo do que seria considerado justo.


Atualmente, esses ativos negociam a 9,6x preço sobre lucro, contudo a sua média histórica é 15,4x. Miranda estima que, um simples retorno à média implicaria em uma valorização de 60% para esses ativos.


Contudo, como disse antes, a queda da Selic gera um aquecimento da economia e os lucros das empresas tendem a melhorar. Assim, para as small caps o analista acredita em um crescimento de 10% nos lucros, que junto a queda da taxa de juros, pode resultar em uma alta de 70% no índice de small caps.


Nesse cenário, os analistas acreditam que uma lista de 11 small caps pode multiplicar em até 5x o patrimônio dos investidores.


De acordo com os analistas, embora seja esperado uma valorização generalizada dos ativos de risco, existem aqueles que vão entregar retornos maiores que os outros.


Assim, levando em consideração que a queda da Selic pode fazer a bolsa disparar, o mercado já começa a se preparar para uma virada na bolsa. Não dá para dizer o dia exato em que vai começar a acontecer.


Mas agora que você entende que a queda da Selic pode mudar o futuro da Bolsa, precisa se preparar o quanto antes.

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